Sim, aqui realmente é cheio de velhinhos, inclusive em Portugal esse ano morreu mais gente do que nasceu (veja mais em: http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/409639).
Ambulâncias aqui passam a toda hora e normalmente para as residências dos (bisa)vovôs e (bisa)vovós. Os assentos reservados dos ônibus são mais para os que tem deficiências físicas do que para os idosos, pois eles ocupam até o último lugar dos bumbas.
Tem alguns casos que vivi e me fizeram pensar em como a solidão é o pior sentimento que alguém pode sentir.
No prédio que moro agora (no 2º andar e sem elevador) tem uma velhinha que mora no 1º e sempre que ouve a porta do prédio bater, vai para a porta da casa e aguarda eu subir as escadas e pergunta "menina, desculpe lá mas que dia é hoje? é sábado ou domingo?". E isso não é só uma vez não. Já pensei em dar um calendário para ela, mas acho que ela não enxerga direito também, pois outro dia quando cheguei do trabalho ela estava esperando na porta do prédio por qualquer morador, para ajudá-la a colocar colírio nos olhos.
:(
Sempre que os velhinhos conversam com jovens sobre o "futuro" e em como a vida como está, enquanto nós estamos cheio de planos, eles já não tem esperança de nada e ficam apenas aguardando "o dia".
:(
Uma vez, no ônibus com uma senhorinha ao lado, o motorista quase atropoleu o cachorro que estava atravessando a rua com a coleira toda esticada. E ela disse "ahhh, eu não tenho cachorro não. seria bom para fazer companhia, mas uma amiga morreu em casa e o corpo ficou tantos dias lá até descobrirem que o cachorro ficou com fome e já tinha comido algumas partes do corpo..."
AGORA VÁ LÁ DAR UM ABRAÇO E UM BEIJO NA SUA AVÓ(Ô) E DIGA COMO ELA(E) É IMPORTANTE E AMADA(O)!!!!
Sobre a minha vó e tia-vó eu escrevo um outro dia... Agora vou ligar para elas.